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Meridian MQA

Meridian Explorer 2, o primeiro DAC compatível com MQA, mediante instalação de firmware ainda não disponível

Listening to Meridian MQA ‘blues’


Quando testei o Meridian Explorer V2 (ver Artigos Relacionados), deixei em suspenso a utilização da anunciada função MQA-ready, porque não havia ficheiros áudio codificados em MQA disponíveis no mercado. Agora já há: e no site da 2L as amostras até são grátis.


Entretanto, para aumentar a confusão, quando os ficheiros foram finalmente disponibilizados já há algumas semanas, descobri que o Explorer V2 afinal não era MQA-ready, pois era preciso um firmware, que apenas desde ontem pôde ser descarregado do site da Meridian.


Uff!, será desta que posso repetir em casa as experiências de Munique e Paris (ver vídeos em baixo)?, pensei…Olhe que não doutor, olhe que não…

Fiz tudo direitinho, mas o led azul indicador de que estava a ouvir um ‘Master Quality Authenticated’ não acendia. Será que falta mais algum firmware adicional?


Bom, depois de muitas tentativas, concluí que se reproduzir os ficheiros MQA num Media Player, como o da Groove Music, por exemplo, ou o Windows Media Player, ele toca, soa bem, mas o led azul não acende, o que significa que estamos a ouvir qualidade CD upsamplado pelo Explorer V2 para 192kHz-24 bit (3 leds brancos acesos).


Contudo, se o ficheiro for reproduzido pelo JRiver, o led azul acende, além dos outros dois leds brancos, o que, em princípio, significa que estamos na presença acústica de um MQA puro. E digo em princípio apenas como ressalva para o facto de não ter a certeza de que o conjunto JRiver/Explorer V2, com o atual firmware V1717, é o mais indicado para obter o melhor desempenho do MQA, pois consta que nas demonstrações públicas da Meridian na CES foi utilizado um firmware e um algoritmo de codificação diferente.


Por exemplo, o JRiver indica que todos os ficheiros MQA são 44,1 ou 48 kHz, mesmo os que a 2L apresenta como tendo origem DXD (352,8kHz). E a verdade é que o débito que surge no mostrador é de apenas 1253kbps ou menos, quando o original é de 22579kbps. Ou seja, um ficheiro com 1.2GB é comprimido com o MQA para 40MB! Não será demasiado optimista afirmar que está lá tudo? Ou isto é a versão audiófila do OE?...


E agora pergunta o leitor: mas a diferença é assim tão grande que justifica o êxtase quase religioso da crítica americana perante o desempenho do MQA?


Quando ouvi pela primeira vez MQA, em Munique, sem termo de comparação, notei que a gama média tinha corpo e os extremos de frequência eram gostosamente ‘arredondados’, tal como acontece com o LP. O som era também mais relaxante do que é habitual com o digital. Idem em Paris, com um Sinatra ressuscitado na sala.


Agora tenho pela primeira vez a possibilidade de comparar a mesma faixa em PCM e em MQA, e a sensação é igual: mais encorpado, mais repousado, mas também mais distante (ambiência? ar?, espaço?) e aparentemente menos dinâmico, no sentido de menos vivo e acutilante.


Há uma agradável sensação de menos brilho sem perda de informação, o que é uma coisa boa e desejável, mas não apostava a minha vida num teste cego. Eu até acho que não ouvir diferença nenhuma já é notável em si, considerando a redução drástica no tamanho do ficheiro.


Uma vez que o MQA pretende substituir com vantagens acústicas óbvias o ubíquo MP3 no streaming para utilização móvel, não creio que seja possível distinguir qualquer diferença com um telefone e uns supositórios no ouvido. O que tornaria assim o MQA em mais um produto de nicho audiófilo, como o DSD, para ser degustado em ‘baixela acústica de prata e ouro’ (McIntosh?mbl?), como por certo a AJASOM vos vai proporcionar no próximo audioshow.


Não percam, pois, as demonstrações de MQA no Pestana Palace. Eu lá estarei para trocar impressões e esgrimir opiniões convosco. É que, por vezes, o ‘ovo de Colombo’ está mesmo à frente dos olhos (dos ouvidos, neste caso) e nós não o vemos até que nos provem como afinal é óbvio e revolucionário. A partir daí é fácil, e toda a gente diz: mas por que não pensei eu nisto antes?...


Nota: a audição continuada e repetida de ficheiros DSD/MQA confirma a diferença de 'carácter' acima referida, com uma ressalva importante: o som do ficheiro DSD é mais baixo alguns dB e tem de ser aferido e corrigido antes de qualquer comparação A/B. De notar que o Explorer não reproduz DSD pelo que o sinal tem de ser convertido para PCM.


Quando a comparação A/B se refere ao master original DXD a 352,4kHz e a cópia codificada em MQA a diferença de nível é mínima, e o que é extraordinário é que damos connosco a ter dificuldade em escolher entre um ficheiro de 400MB e outro (MQA) de apenas 40MB!...É claro que com o Explorer não estamos a ouvir toda a resolução do original a 352,8kHz que tem de ser dowsamplada para 176,4kHz para o JRiver a reproduzir, mas mesmo assim é obra!...


Nota final: mas, hélas, não há nada que bata o Magnificat. Et Misericordia de Arnesen em DSD256 nativo. Só que, cá está, o ficheiro tem 795MB e deve ser reproduzido a 11289600Hz com um débito de 22579kbps!..., enquanto o correspondente MQA tem 50MB.

Meridian Explorer 2, o primeiro DAC compatível com MQA, mediante instalação de firmware ainda não disponível


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