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Reviews Testes

Sonus faber Aida II

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Talvez seja boa ideia começar por dizer que a Aida vai estar em demonstração, durante e após o Audioshow 2018, no auditório principal da Imacústica-Lisboa, onde tem as condições ideais para poder exibir os seus dotes acústicos e mostrar a sua enorme beleza estética.

Aparentemente, nada distingue a nova Aida da original, que ouvi em primeira mão com electrónica ARC e D’Agostino Momentum, em Abril de 2012, na Imacústica-Porto, onde foi registado o vídeo acima, um dos mais vistos no canal do Hificlube.net. Os leitores podem (re)ler a reportagem integral aqui, que inclui ainda a primeira audição das Magico Q1.

Entretanto, muita água audiófila passou já por baixo das pontes do Porto, e eis que a Sonus faber apresenta agora um remake da Aida original.

Livio Cuccuza, o ‘designer’ da Sonus faber pouco lhe ‘tocou,’ para além de alterações de pormenor nos painéis frontal e posterior e da adição da nova cor Wenge, alegando que não se mexe no que já é perfeito.

Mas Paolo Tezzon, o actual responsável técnico por todas as novas colunas da Sonus faber, entendeu que tinha chegado a altura de fazer um up-grade, sobretudo ao nível dos altifalantes: o tweeter é agora o D.A.D. Arrow Point H28 XTR-04, criado para a Lilium, e que equipa agora a Homage Tradition Collection. A unidade de médios é também a nova M18 XTR-04 que, junto com o tweeter, é responsável pelo actual ‘Som Sonus faber’.

A apoiar este par de eleição, está um outro par de novos altifalantes de graves W22 XTR-12, que têm a particularidade de trabalharem em zonas de frequências diferentes, tal como acontece nas ‘Il Cremonese’ (ler teste da Hifi News aqui).

Assim, o altifalante superior mais perto da unidade de médios funciona como um médio grave; e o inferior desce até onde lhe é electroacusticamente possível, passando depois o testemunho na última oitava para o poderoso SW32 XTR-08, um ‘alguidar’, escondido no bojo inferior da Aida, junto à base, que ‘dispara’ as cargas de profundidade para o soalho.

Nota: Só por esse facto se compreende a decisão de Manuel Dias de não levar as Aida para o Audioshow 2018, pois podia colocar em vibração toda a sala Campolino…

No painel posterior em quilha, a principal alteração reside na adição de mais um altifalante de médios ao ‘Sound Field Shaper’, um ‘ambientador’ regulável, com o qual se pretende criar um som mais envolvente. O ‘Sound Field Shaper’ e a ‘Anima Legata’ são duas das tecnologias que a Aida herda directamente da The Sonus Faber, que nasceu como Fenice e morreu cedo mas renasceu das cinzas como a dita,. Ver em baixo vídeo exclusivo (o primeiro mundial!) da apresentação em Veneza.

O cardápio de tecnologias exclusivas da Sonus faber é vasto e complexo: a ‘Alma Legata’ é inspirada na mais importante peça de madeira de um violino (alma) que liga os dois tampos do violino e permite que o som se propague do tampo superior para o inferior aumentando o volume e projecção do som. Franco Serblin utilizou algo de semelhante nas Stradivari.

Aqui pretende-se exactamente o efeito contrário: um veio metálico (alma) liga dois tampos metálicos superior e inferior para dispersar (e não aumentar) as vibrações internas. Aliás, todas as tecnologias, com nomes ‘sonantes’ utilizadas nas Aida, são sobretudo uma tentativa de eliminar vibrações e ressonâncias: ‘Tuned Mass Dampers’, ‘Bow Spring’ , ‘Zero Vibration Transmission’, etc..

Todas elas têm uma explicação engenhosa (e longa). Mas como não se trata de um teste formal, outrossim do relato de uma audição preliminar, abstenho-me de as publicar hoje.

Prévio a válvulas Audio Research Ref 10

Prévio a válvulas Audio Research Ref 10

Leito CD-SACD/DAC dCS Vivaldi One

Leito CD-SACD/DAC dCS Vivaldi One

Gira-discos Tech DAS Air Force III

Gira-discos Tech DAS Air Force III

O setup do sistema foi, como sempre, previamente preparado por Luís Campos, que me acompanhou na audição breve, tendo como equipamento complementar disponível: dCS Vivaldi One, Tech DAS AirForce III, prévio ARC Ref10 (o meu preferido), um par de D’ Agostino Progression mono, cujo teste publiquei na revista Hi-Fi News aqui; e cablagem Transparent Opus II. Só o valor dos cabos faria felizes muitos audiófilos da nossa praça.

Nota: É provável que os D’Agostino Progression actuem durante o Audioshow 2018, pelo que os leitores interessados em ouvir a Aida talvez o façam com electrónica Constellation.

Audição preliminar

A bela Aida actuando no auditório principal da Imacústica-Lisboa, com amplificação Dan D'Agostino Progression Mono

A bela Aida actuando no auditório principal da Imacústica-Lisboa, com amplificação Dan D'Agostino Progression Mono

Tornou-se óbvio que a Aida ainda precisa de cantar muito para ‘abrir os pulmões’. Mas a beleza da voz, tanto tonal como timbricamente, a perfeição da dicção, a projecção dos sons e a amplitude da imagem estão já lá em quantidade e qualidade. Em termos audiófilos, de registar a claridade e transparência, a excelente focagem e a extensão dos extremos de frequência.

No vídeo, ouve-se apenas a título meramente ilustrativo – e não representativo do som real – um excerto do magnífico Magnificat, de Kim André Arnesen. Mas, durante várias horas, Luís Campos passou música variada, explorando todas as potencialidades da Aida com grande agrado da minha parte. E mais não digo, deixando os leitores em suspenso para uma audição pessoal que se recomenda e exige.

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A bela Aida actuando no auditório principal da Imacústica-Lisboa, com amplificação Dan D'Agostino Progression Mono


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