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2008

Highend 2008_parte 7_ Casos Insólitos



Ser catalogado nesta secção não significa que os produtos não têm qualidade. Por insólito não se entenda, pois, cujo único valor é provocar ou chamar a atenção dos jornalistas e visitantes quais turistas à solta em “free-shop” de perfumes que de tanto cheirar ficam enjoados e acabam por confundi-los todos.


Nestes casos, a apresentação ou a forma diferente do frasco parecem ter mais importância que a própria essência. Contudo, por vezes há surpresas na forma e no conteúdo, e não há nada como acabar uma reportagem com humor, mesmo quando se fala de coisas muito sérias, que não brincam em serviço...


AUDIO EPILOG

Abyss Maximo, assim se chama esta estranhissima coluna “sanduíche”, construída a partir de múltiplos baffles, como se a imagem do painel frontal se repetisse em espelhos paralelos. Um conceito de carga acústica revolucionário. Made in Croatia for true audio ecstasy, dizem eles. Eu só vi, não ouvi, pelo que não entrei em êxtase...


AVANTGARDE

O prévio Model One ganha o prémio “Originalidade” para o design dos controles de volume e selector de fontes.


DARTZEEL

Os controlos de volume dos DarTZeel também são originais mas é na designação: “Pleasure Control”. Para serem diferentes os suiços não se ficam só pelas cores: dourado por fora vermelho por dentro, ugh! Espero que não seja nenhuma piada ao Benfica e ao Apito Dourado...


ELAC

MicroSub 2010BT e satélites 301 para ligar a uma iDock ou ao computador. Parece um brinquedo mas não é...


FINITE ELEMENTE

A Série Modul Ls talvez tenha encontrado o equilíbrio perfeito na difícil integração do binómio: som/mobiliário moderno. A Finite Elemente é representada pela Ajasom e o Director de vendas (Geschäftsführer, pode ler-se no cartão) é o portuguesíssimo Luís Fernandes. Ora quando os “bons espíritos” se encontram...


FORM+TON

Há coisas que se repetem de ano para ano mas são tão insólitas que não resistimos a voltar ao assunto. As Tubaski são “esculturas acústicas” em cerâmica: “klangskulturen”. A palavra som em alemão (klang) é uma onomatopeia: klang, klang, klang. Topam?! Há gostos para tudo...


GÖBEL

Ao fim de tantos anos, já não caio com facilidade na esparrela da revolução tecnológica, do gadget highend, da técnica de transdução exótica que ultrapassa tudo o que a musa antiga canta. Mas as Göebel Detaille S deixaram-me positivamente de boca aberta. Já ninguém inventa nada, e isto não é mais que uma variante da tecnologia NXT, que para mim não passa de low-fi.


Aliás, as Podium, que eu acho que são o flop do século, também utilizam um princípio de transdução idêntico, denominado por “bending wave”.

Acontece que as Detaille tinham um som deliciososamente harmonioso e detalhado. Claro que as “transduções exóticas” raramente reproduzem graves (excepção para as Quad 2905), pelo menos em tamanhos domesticamente aceitáveis, logo as Göebel Detaille precisam do “subwoofer” da ordem abaixo dos 150Hz. Mas o que eu vi e ouvi (para ver video no topo da página clique no ícone amarelo) merece uma atenção especial dos nossos importadores.


ISOPHON

Só mesmo na Alemanha é possível ver uma coisa destas: o demonstrador faz uma longa prelecção antes de cada disco, explicando o que vão ouvir, e depois, enquanto a música toca, fica ali no meio especado a observar a reacção das pessoas. Nós por cá, afastamo-nos discretamente.


KEF/ARCAM

Acreditam que para poder ouvir este sistema tive de levar com um crítico de uma revista alemã a falar durante 30 minutos? A minha capacidade de resistência só não se esgotou porque, cansado da viagem, adormeci a meio...


LABOR LIMAE

Já vos tinha mostrado esta estranha parafernália no Highend 2007, mas não resisto a repetir a dose. Vem de Itália e aposto que foi criada com um único intuito: em caso de divórcio, ela pelo menos não vai querer ficar com aparelhagem...


PELE DE VACA


Quanto mais evoluídas as sociedades mais valor dão ao que é natural. Eu, por exemplo, que sou dum país com níveis de desenvolvimento próximos do terceiro mundo, acho isto de um mau gosto atroz. Vou ter de evoluir...

A dinarmarquesa Gryphon apostou na pele de vaca natural (espero que não seja louca!...)

E a suiça Revox também.


Tudo num estilo que o artesanato indígena (refiro-me ao nosso artesanato) não desdenharia.


PODIUM

Estou pronto para dar a mão à palmatória quanto às Quad 2905 (teste em evolução). Mas corto relações audiófilas com quem afirmar que isto toca música. Agora para disfarçar até as pintam com motivos japoneses. O pessoal da Six Moons, que andava por lá em grupo animado, gostou. Não me admira: pelo aspecto (deles) devem viver numa das seis luas de um planeta longínquo...


REVOX

Agora pode proporcionar a si e às suas visitas uma massagem enquanto bebem um copo e ouvem música. A Revox criou o sub-banco: e se de repente começar a sentir um formigueiro pelo dito acima, isso deve-se a uma nota com uma frequência de 40Hz. Be afraid, be very afraid!...


SPICOM PLANAR

Ainda pensei que era uma nova forma de transdução exótica, mas dentro da grelha estava apenas um... ribbon.


SWAN


Eles vão buscar uma ideia aqui (por aqui, leia-se B&W, Sonus Faber, etc.), outra ali (Revel), misturam tudo e criam uma coluna-frankenstein. Depois para disfarçar apostam nos acabamentos requintados ou estapafúrdios.

Acreditem ou não há quem compre colunas decoradas no melhor estilo dos capacetes dos jogadores de futebol americano e dos mantos dos lutadores de luta livre americana: e tão falsas quanto eles...


VINCENT

”Lassen Sie sich inspirieren...wie wäre es mit orange?” Há quem compre quadros “a dar com os cortinados”. A Vincent propõe-lhe agora comprar um sistema (leitor-CD, prévio, amplificadores, colunas, tudo, até a mesa...) na cor que mais se adapta aos seus...sofás e paredes: amarelo, azul, laranja (na foto), borgonha, verde escuro, etc. “Pimp my hifi”, é o slogan. Anders als andere, o que quer dizer algo como: diferente dos outros. Lá isso é...

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