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Marantz Model 40n – Network Integrated Amplifier

Marantz 40n - front (1).jpg

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Com o Model 40n, a Marantz usou a receita de sucesso habitual. Basta juntar um par de colunas e mexer bem para desfrutar de fontes analógicas e digitais, incluindo LP e streaming.

A Marantz inspirou-se no estilo do Model 30 – apenas no estilo – e criou um amplificador mais universal, mantendo todas as entradas analógicas de linha e Phono MM, reforçando-o com DAC integrado e funcionalidades streaming (Ethernet, Wi-Fi e Bluetooth), entrada coaxial e ótica, USB A (pen e disco rígido) e HDMI ARC para ligar o televisor ao sistema de som, substituindo as limitações das barras de som.

Falta alguma coisa? Para 90% das aplicações domésticas, não. Mas, enquanto crítico de áudio, eu tenho de mostrar o trabalho de casa e acho que a Marantz podia ter ido um pouco mais longe, disponibilizando também uma entrada USB-B para ligação a um PC. Isto digo eu, claro.

É pena a entrada HDMI ARC não ser também compatível com a saída HDMI do meu Oppo para poder ouvir SACD com o conversor interno do 40n, que é de baixo jitter. Já ouvi DACs mais lineares, mas o amplificador é muito bom e não se pode ter tudo - a cavalo dado não se olha o dente: o Marantz Model 40n tem design e som high-end a preço de mid-fi.

…o Marantz Model 40n tem design e som high-end a preço de mid-fi…

 

O 40n custa apenas 2.499 euros, apesar de ser fabricado no Japão - e não na China, e é ainda mais barato que o tão galardoado Model 30, que afinal não passa de um amplificador integrado de Classe D, sem funcionalidades digitais.

Marantz Model 40n vs Model 30

E o que mais os distingue? Tudo, menos o frontispício, que mantém o painel operacional com LED laterais de cor âmbar que o fazem ‘flutuar’ sobre um segundo painel ligeiramente côncavo com um padrão com ‘covinhas’ que imita o carbono. De facto, são ambos de plástico rígido.

Além da função estética, o sub-painel aloja do lado esquerdo o botão On/Off e do lado direito o jack de 6,5mm para auscultadores. Só isso.

Todos os outros botões estão instalados no painel frontal por baixo do mostrador circular OLED a la Marantz. A saber: nos extremos, os dois maiores são o seletor de fontes e o volume; os quatro mais pequenos são da esquerda para a direita: Source Direct, Bass, Treble e Balance.

Class D vs Class A/B

As semelhanças acabam aqui. O Model 30 utiliza módulos de Classe D NCore 500, tal com os ‘Ruby’, e o 40n é um amplificador convencional de Classe A/B de 70W/8Ohm, muito semelhante ao do PM8006, com melhorias na fonte de alimentação e nos módulos HDAM de saída, para garantir energia de reserva quando alimenta colunas de baixa impedância.

Fica assim explicada a diferença substancial de peso (o 40 n pesa 17Kg) que se deve ao transformador toroidal e às alhetas de dissipação de calor, que os amplificadores de Classe D dispensam.

É como andar de bicicleta

Os Marantz são ergonomicamente bem concebidos e simples de utilizar, sem ser necessário tirar um curso de informática. É como andar de bicicleta, nunca se esquece – quem já utilizou um Marantz, sabe utilizar todos.

Talvez por isso a Marantz não tenha disponibilizado a entrada USB-B, que implica a instalação de uma driver Asio no computador. Assim, com a entrada USB-A basta espetar lá uma pen com conteúdo musical, e pronto.

Pela entrada USB-A o 40n aceita todo o tipo de ficheiros digitais. Com perda: MP3/WMA/AAC; e sem perda: WAV/ FLAC/ALAC até 192/24 e DSD128 (DoP), aproveitando as potencialidades do chip de conversão D/AES9016K2M.

 

…utilizar um Marantz é como andar de bicicleta, nunca se esquece…

 

Nunca diz nunca

Não é compatível com MQA. Mas não se faz rogado se lhe servir PCM352/24 e DSD256. Faz downsampling e toca na mesma – nunca diz nunca. E também tocou faixas com codificação MQA nativa, como FLAC 44.1. Se quiser ir mais longe, até MQA 352.8, por exemplo, vai ter de usar o Roon via AirPlay streaming.

Pode aceder a todas as funcionalidades do Marantz 40n por três vias diferentes: manuseando os botões, utilizando o elegante controlo remoto ou com a App Heos.

Contudo, só a app Heos lhe dá acesso às funções de streaming, porque é aqui que pode selecionar a Tidal, Spotify, Amazon Music, Napster, TuneIn, etc. A Qobuz não faz parte da lista.

E também é só aqui que tem acesso ao USB. Com os botões e o comando não chega lá. Por outro lado, pode dar-lhe ordens via Alexa (Android) ou Siri (iOS). Eu nem tentei – a Alexa deixa-me nervoso…

Além de excelentes bornes de cabos de coluna, entradas Ethernet, HDMI ARC, USB-A, Coaxial e óptica;  e analógicas: CD, LIne, Recorder in/out, Subwoofer Out e Power In.

Além de excelentes bornes de cabos de coluna, entradas Ethernet, HDMI ARC, USB-A, Coaxial e óptica; e analógicas: CD, LIne, Recorder in/out, Subwoofer Out e Power In.

…gosto mais do design do meu Naim Atom mas o 40n tem mais potência e melhor som…

 

Easy-on-the-ear

Eu continuo a gostar mais do design original do meu Naim Atom. Mas o 40n tem mais potência e, sem dúvida, melhor som.

E incluo aqui a saída para auscultadores que tem energia suficiente até mesmo para os recalcitrantes auscultadores planares, como os Hifiman.

Eu sei que estamos no domínio da subjetividade pura, contudo o 40n pautou-se como o paradigma do que se convencionou designar por um som ‘easy-on-the-ear’.

…gosto mais do design do meu Naim Atom mas o 40n tem mais potência e melhor som…

 

O agudo é doce, a gama média é cremosa; e o grave, não sendo muito tenso e extenso, também não é ‘de algodão’.

Há quem chame a isto ‘som de válvulas’, eu chamo-lhe ‘som Marantz’. Pode ainda ajustar a gosto com os controlos de tonalidade. Mas eu prefiro ‘source direct’, que desativa tudo menos o volume.

…o som mais próximo a que um fã da McIntosh pode chegar sem ter de desembolsar uma nota preta…

 

São os módulos HDAM da Marantz que determinam a qualidade do som. E estes foram afinados de tal forma que o som é basicamente igual independentemente da fonte, quer seja via Ethernet, Coaxial ou USB (não experimentei a entrada Phono). Até o Bluetooth soa bem!

Este é o som mais próximo a que um fã da McIntosh pode chegar sem ter de desembolsar uma nota preta. 

Recomendado pelo Hificlube.net.

Para mais informações:

B&W Group Spain ou o seu revendedor local.

Marantz 40n front (1)

Além de excelentes bornes de cabos de coluna, entradas Ethernet, HDMI ARC, USB-A, Coaxial e óptica; e analógicas: CD, LIne, Recorder in/out, Subwoofer Out e Power In.


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