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2008

Bluray: Vitória De Pirro?



Com velocidades de download cada vez mais elevadas, talvez Steve Jobs tenha razão antes de tempo. Mas até ser possível descarregar 50GB de informação digital em tempo útil num computador doméstico, o mundo ainda vai dar muita volta.

Ultimamente tenho tido oportunidade de ver muitos filmes em Bluray na minha PS3 e a qualidade média da imagem é muito superior à do DVD. Mas não tão superior que compense o facto de a maior parte dos filmes serem reedições de “fundo de catálogo”.

Contudo, mete a um canto aquilo a que a Zon-TV afirma ser alta definição. Tão alta, aliás, que há quem alegue ver em casa jogos de futebol em alta definição através de uma ficha SCART!

A minha experiência com a Zon-TV foi felizmente curta (devolvi a box no dia seguinte) mas suficiente para me deixar uma dúvida: se o sinal nos é servido sempre através de uma gravação em disco rígido, que funciona como buffer, e se os tempos de delay (cerca de 13 segundos) são os mesmos para o sinal standard e HD, há algo que não bate certo.

Embora esta não seja a minha área de especialização, tenho visto na CES imagens HD desde que nasceram, e o que a Zon box oferece não é HD
...
Entretanto, li na AV Revolution que alguém se lembrou que o Bluray tem outras potencialidades, e uma editora independente norueguesa lançou agora o primeiro disco áudio em Bluray. Como sempre acontece nestas coisas audiófilas, trata-se de um disco com pouco apelo comercial: “Divertimenti”, pela Orquestra de Câmara Thonheimsolistene.

O disco tem todos os formatos áudio conhecidos: 2.0 PCM, 5.1 PCM, 5,1 DTS HD Master Audio, 5.1 Dolby True HD e Dolby Digital 5.1 48 kHz. Depois do relativo fracasso do SACD (que é, de uma maneira geral - mas não sempre -, superior ao CD, e posso prová-lo onde, quando e como quiserem com versões da mesma faixa em CD e SACD: Stimela, de Hugh Masekela, por exemplo), o Bluray pode ser a única forma de manter vivo o comércio de discos, tal como o conhecemos. Mas ao preço de 6 contos por disco não vão longe...


Consta que Neil Young vai reeditar toda a sua obra em Bluray. De lembrar que Neil, tal como Bob Dylan, detestam o CD que, alegam, lhes “dá cabo da música”.

Será que ajuda “putting a little blue in everything they do”...?




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