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2004

Highend2004/parte 2: Megateste Comparativo De Colunas De Som



Com a posição ideal para cada coluna marcada no chão com fita adesiva de cor diferente, foram colocadas na sala sucessivamente, com a rapidez com que se mudam pneus na Fórmula 1: Thiel CS 7.2, Sonus Faber Stradivari, Audio Physics Kronos, JM Lab Grande Utopia, Wilson Audio Alexandria e TAD!!! A diferença de tamanho, de preço, de características (nomeadamente o peso!), de necessidades de amplificação, etc., seriam suficientes para qualquer pessoa de bom senso desistir de uma tal empreitada. As colunas estavam num pequeno vestíbulo em exposição estática, sobre pontas-rodadas, para maior facilidade de transporte, com excepção das Stradivari, que tinham montados os respectivos spikes (vantagem injusta?). Pareciam gladiadores à espera de entrar na arena. Após dois combates, saíam de cena, mantendo-se inalterável o equipamento complementar, o volume médio subjectivo (diferentes sensibilidades exigem diferentes volumes de som) e o programa: apenas uma faixa de um LP homónimo de (Johnny) Cash (fabuloso!) e uma faixa de um SACD (mauzinho, benza-o Deus!), editado pela Audio Physics.


Fontes: leitor-SACD Accuphase e gira-discos Clearaudio Master Reference

Prévio: Viola

Amplificador: Pass X-600

Cabos: Fabel

1º Combate: Thiel CS 7.2É obviamente uma coluna americana: enfática nos registos médio-altos e médio-graves, visceral na dinâmica, com abundância de detalhe e impacte q.b. nas percussões. Guitarras presentes, voz de Cash gutural e «salivante», sem excessiva sibilância (extremo agudo algo redondo). Soa a hifi de qualidade: espectacular no sentido técnico do termo. A imagem estéreo não conseguia disfarçar o facto de eu estar sentado sobre o lado esquerdo.


2º Combate: Sonus Faber StradivariMeridional no temperamento, integração perfeita de todas as áreas do espectro áudio: graves controlados e articulados (o extremo grave podia ser mais definido e senti uma inesperada «bite» no som da harpa eléctrica). Registos médios suculentos, emotivos e ricos de nuances, equilíbro justo entre percussão/vibração das cordas da guitarra. Voz de Cash corpórea, natural, sem ênfases excessivos.

3º Combate: Audio Physics KronosUm som correcto, delicado, rico de nuances. Grave tem boa extensão mas falta-lhe impacte e ataque (o volume estava 2dB mais baixo que a concorrência prejudicando a performance). A imagem estéreo é boa assim como a integração, mas faltava presença e vivacidade ao som. Depois da capacidade «histriónica» das Thiel e a musicalidade das Stradivari soaram a «pãozinho sem sal».

4º Combate: JM Lab Grande UtopiaImponentes, poderosas, baixo tenso, intenso e extenso. Espectaculares. Imagem estéreo sólida com verdadeira ilusão de altura. O tweeter de beryllium soou-me algo despropositado no contexto natural dos registos médios. Ou seja: ouvia-se como uma entidade com personalidade própria. Eu cortava-lhe 1dB. Apesar de tudo, ninguém pode ficar indiferente a este tour de force tecnológico e acústico.

5º Combate: Wilson Audio Alexandria X2Ao contrário das outras colunas (comparar fotos), foram colocadas muito afastadas uma da outra, criando o proverbial buraco no meio, e encostadas à parede de fundo. Ou talvez as expectativas fossem demasiado elevadas: 300 quilos, 140.000 euros! Um misto de Thiel CS 7.2 e de Grande Utopia: poderosas mas enfáticas e com forte personalidade e presença.

6º Combate: TADA musicalidade e emotividade da Stradivari e a imponência da Grande Utopia. Dominadoras. Boa integração geral (altifalante concêntrico?).Talvez um pouco redondas nos registos agudos. O médio-grave soou no limite do enfático. Excelente imagem estéreo, em especial no plano da profundidade.

Seguiu-se a votação: 1º Stradivari (14); 2º Thiel (12); 3º Grande Utopia (7); 4º TAD (6); 5º Alexandria (5), 6º Kronos (4)

Nota: As votações variaram muito ao longo do dia e nos dias seguintes

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