O Luxsin X9 é o três-em-um perfeito: um DAC soberbo, ao nível do estado-da-arte, um amplificador de auscultadores com funções únicas no mercado e um pré-amplificador com saídas balanceadas e controlo de volume de resistências R2R, por menos de 1.200 €.
Só o DAC justifica a compra, o amplificador vale outro tanto, e o prévio balanceado é uma simpática oferta da casa.
O Luxsin X9 foi-me apresentado no High End 2025, de Munique, por Terry Jiang. E, logo ali, percebi que não era mais um amplificador de auscultadores (ver video).
A Luxsin faz parte do Grupo Zidoo, ao qual pertence a famosa Eversolo Audio, galardoada pela EISA com múltiplos prémios, tendo sido criada como uma entidade distinta, dedicada à produção de amplificadores de luxo e elevada precisão tecnológica para auscultadores. Daí o nome: Lux + Sin(e), de sinusoidal.
O pecado do luxo
Mas, depois de ter passado cerca de dois meses com o X9, eu acho que Luxsin também poderia significar 'Luxury Sin' ou 'Pecado do Luxo', porque o desempenho do Luxsin X9 está ao nível de muitos produtos de luxo caros que nem por isso tocam melhor. Além disso, o X9 permite-lhe ajustar o som ao seu gosto pessoal, a partir de uma resposta plana e isenta de distorção ou jitter.
Segundo Terry Jiang, o X9 foi criado por audiófilos para os audiófilos que valorizam a audição de auscultadores com amplificação de referência, mas não dispensam as funcionalidades inovadoras e o controlo inteligente.
O X9 permite-lhe ajustar o som ao seu gosto pessoal, a partir de uma resposta plana e isenta de distorção ou jitter.
Topologia balanceada ponta-a-ponta
A arquitetura interna do X9 é diferencial balanceada de ponta a ponta: desde a entrada digital, passando pelo DAC AK4499EX (que também funciona em modo balanceado), pelo conversor (IV) de corrente/tensão, o filtro de saída (OPA1612 em topologia dual) e o atenuador de volume R2R, até ao andar de saída, com dois amplificadores de auscultadores em ponte, tudo funciona em simetria de sinal, cancelando interferências e ruído comum.
Construção e Design
O Luxsin X9 impressiona pelo ‘design’ e qualidade de construção. O chassis é usinado em alumínio maciço (CNC), apresentando um painel frontal com corte em bisel (diamante) e uma inclinação de 15° que favorece a ergonomia e visibilidade do ecrã. A estrutura metálica robusta e os painéis laterais sólidos, não só conferem um visual de alta qualidade, como também servem para dissipação térmica eficiente, garantindo temperaturas operacionais estáveis mesmo em sessões prolongadas. E o X9 aquece que se farta!
No painel frontal, domina o ecrã táctil laminado de quatro polegadas (formato panorâmico) de alta resolução. A ‘interface’ gráfica é rápida e funciona com um sistema operativo em tempo real (RTOS). Através deste ecrã, o utilizador navega por menus intuitivos (ver vídeo).
*Nota: o X9 está equipado com um módulo recetor de áudio Bluetooth QCC5125 da Qualcomm, que suporta protocolos de áudio, como aptX/LDAC/AAC/SBC/MAC OS. Funciona como um descodificador Bluetooth de alta qualidade e pode emparelhar-se com vários dispositivos móveis para reprodução de áudio sem fios. A resolução depende da compatibilidade do dispositivo utilizado.
O X9 pode ser controlado via telecomando infravermelho incluído, ou por uma aplicação no seu telefone ou PC.
O X9 liga-se à sua rede por wifi apenas para poder ser controlado via telecomando infravermelho incluído, ou por uma aplicação no seu telefone, ou PC, permitindo também atualizações de firmware OTA (over-the-air). Duas antenas (Wi-Fi e Bluetooth) garantem a estabilidade do sinal.
Nota: a ‘app’ não parece ter a função ‘screen mirroring’ disponibilizada nos modelos da Eversolo, mas tem alguma interação.
Para quem, como eu, prefere a experiência tátil, o botão de volume em alumínio anodizado do lado direito tem rotação incremental (em passos de 0,5 a 3 dB). Por fim, em termos de dimensões, o X9 mede 300 × 206 × 65 mm e pesa cerca de 3,72 kg, um peso considerável para um ‘desktop’, refletindo a opção por uma fonte de alimentação linear interna e um chassis robusto.
O Luxsin X9 apresenta um rol invejável de funções que vão muito para além do típico DAC/Headamp.
Mil e uma funções
Correndo o risco de este artigo parecer uma cópia do catálogo e não um relatório de análise prática, não posso deixar de voltar a enumerar as múltiplas funções e especificações que tornam o X9 tão especial. O leitor menos dedicado aos aspetos técnicos pode saltar a longa descrição que se segue e ver apenas o vídeo acima.
De facto, o Luxsin X9 apresenta um rol invejável de funções que vão muito para além do típico DAC/Headamp: equalização inteligente, crossfeed, ecrã tátil com VU, controlo por ‘app’ ou PC, pré-amplificação com gestão de graves.
E tudo isto sem sacrificar a pureza sonora, graças a uma implementação de alto nível. É um produto claramente pensado para oferecer ao utilizador controlo total sobre a experiência de audição, seja com fine-tuning tonal ou integração perfeita no seu sistema doméstico.
Nas saídas de Jack, o X9 deteta automaticamente a impedância dos auscultadores e sugere o ganho ideal. Esta função não está disponível na saída XLR.
Sistema Automático de Deteção de Impedância
Ao ligar um par de auscultadores nas saídas (6,35 mm ou 4,4 mm Pentacon apenas), o X9 mede automaticamente a impedância de carga e recomenda o nível de ganho/saída ideal.
Na prática, evitam-se surpresas desagradáveis de volume excessivo e garante-se que mesmo auscultadores muito sensíveis; ou, pelo contrário, muito exigentes, operem sempre na banda ideal do potenciómetro.
A medição é feita usando um sinal inaudível e não interfere em nada na qualidade do som. É uma funcionalidade que torna o X9 verdadeiramente “plug-and-play” para qualquer par de auscultadores, simplificando a vida do utilizador e otimizando o desempenho automaticamente.
Nota: na saída XLR, vai ter de configurar a carga/ganho manualmente, o que, no caso dos Austrian Audio The Composer, que utilizei como referência, seria 16 ohms, tal como medido automaticamente em ambas as saídas de jack. Por outro lado, só na saída XLR é possível inverter a polaridade do sinal.
Só na saída XLR é possível inverter a polaridade do sinal – e não nas outras saídas.
HP-EQ (Headphone Equalization)
Ao ligar uns auscultadores, o X9 pode aplicar uma correção de resposta de frequências para cada modelo específico, ajustando a resposta sonora para plana ou para uma das curvas Harman de referência.
A base de dados interna do X9 inclui perfis de mais de 2500 modelos de auscultadores (em constante atualização), que vão desde modelos audiófilos clássicos até modelos recentes.
(Nota: quando o X9 é utilizado como DAC/prévio para colunas ativas deve fazer bypass à HP-EQ. Mas pode utilizar os controlos de tonalidade.
A função HP-EQ é um autêntico truque de magia.
Segundo a Luxsin, é um autêntico ‘truque de magia’. E, de facto, quando ouvi o efeito pela primeira vez em Munique, achei que era pouco menos que mágico. A EQ pode ser ligada/desligada conforme preferência (bypass disponível) e até ajustada manualmente via PEQ caso o utilizador queira personalizar a curva mais ao seu gosto.
Nota: O processamento digital (EQ, controlos de tonalidade, etc.) só funciona até 192kHz e está desativado para reprodução DSD e DXD.
Luxsin X9 Crossfeed setup
Crossfeed e Largura de Palco
Esta função permite misturar parcialmente os canais esquerdo e direito de forma controlada, para que a imagem sonora com auscultadores ganhe um caráter mais natural e semelhante à escuta com colunas. Ou pode optar por uma imagem central mais sólida, por exemplo. Assim, o X9 permite regular o grau de crossfeed (mistura entre canais) e também a largura do palco sonoro de forma independente.
Ou seja, pode-se personalizar o palco sonoro, pois quem controla as “dimensões” do palco é o utilizador, que também pode desligar a função fazendo bypass.
Tudo isto no domínio digital para máxima precisão, sem introduzir colorações analógicas, embora o DSP possa causar jitter digital residual.
Este nível de jitter é inaudível, mas a verdade é que os meus ficheiros DSD e DXD soaram melhor que os Red Book. Será porque a resolução é mais elevada, ou porque não há interferência de DSP?
Luxsin X9 Bass Management
Pré-amplificador ultra versátil
O X9 pode funcionar como prévio simples ou balanceado (RCA/XLR) com saídas variáveis ou fixas, processamento DSP e controlo de volume por resistências (R2R). Mas é na gestão de graves que se distingue da concorrência. Via menu/app, é possível definir um filtro passa-baixas para os subwoofers, com cortes de frequência e pendentes ajustáveis até 48dB/oitava, além de ajustes de delay para alinhamento temporal de fase. Não utilizei esta função porque, de momento, não tenho 'subs' no meu sistema, mas é bom saber que ela existe.
O ecrã tátil permite selecionar todas as fontes com um simples toque.
Interface e extras
O ecrã tátil permite o controlo rápido de todas as definições, desde seleção de fonte, ativação de HP-EQ/crossfeed, ajuste de brilho do ecrã (inclui modo de blackout total para audição às escuras), até configurações avançadas de rede e atualizações.O sistema arranca quase instantaneamente (cortesia do RTOS otimizado) sem demoras irritantes.
Volto a frisar que o X9 pode ainda ser controlado via app móvel ou interface web por Wi-Fi, sendo muito útil para ajustar o volume ou o equalizador à distância, ou mesmo utilizar o ‘smartphone’ como controlo remoto com feedback visual. A Luxsin disponibiliza ainda um comando remoto físico de infravermelhos com 12 botões.
Os vistosos VUímetros virtuais no ecrã permitem escolher entre múltiplos estilos clássicos.
O X9 entra em auto-standby após um tempo sem sinal, em modo Mute com um toque único no botão, ou pode ser desligado com um toque longo. Para desligar completamente utilize o interruptor traseiro.
Quando em funcionamento, as agulhas animadas reagem em tempo real à amplitude do sinal musical. É um gadget algo lúdico, mas que muitos audiófilos apreciam, combinando estética e utilidade (monitorização de níveis) com espetáculo visual. E pode sempre desligá-los…
O processador suporta ficheiros PCM até 768 kHz/32-bit e DSD512.
DAC & DSP
Compatível com DSD 512
Compatível com PCM 768 kHz
DAC topo de gama AKM AK4499EX com modulador AK4191EQ dedicado, aliado a um DSP AKM 7739 que fornece funcionalidades avançadas de processamento digital. O processador XMOS 316 suporta ficheiros PCM até 768 kHz/32-bit e DSD512 nativo (é verdade, eu confirmei: ver fotos), garantindo compatibilidade com conteúdos de alta resolução.
Nota: no manual, o X9 aparece descrito como compatível com MQA. O Audirvana diz que não. De facto, o ícone do MQA e o sinal azul nunca aparecem. Mas o X9 reproduz ficheiros MQA na máxima resolução de 352,8kHz.
O relógio interno de ultra-precisão (oscilador femtossegundo Accusilicon) minimiza o jitter, assegurando uma conversão digital-analógico livre de artefactos temporais.
O X9 oferece seis filtros digitais. A escolha é sua: Sharp Roll-off, Slow Roll-off, Short Delay Sharp Roll-off, Short Delay Slow Roll-off, Super Slow Roll-off e Low Dispersion Short Delay.
Filtros digitais
O DAC oferece-lhe uma seleção de seis filtros digitais: Sharp Roll-off, Slow Roll-off, Short Delay Sharp Roll-off, Short Delay Slow Roll-off, Super Slow Roll-off e Low Dispersion Short Delay. As diferenças entre eles não são facilmente audíveis, mas são mensuráveis. De modo geral, os do tipo ‘Sharp’ apresentam menos ruído ultrassónico, enquanto os do tipo ‘Slow’ exibem melhor desempenho no domínio temporal.
Algumas dicas de audição
- Sharp Roll-off (fase linear, FIR longo)
Corte rápido, forte rejeição acima da banda de áudio, resposta plana até Nyquist; pré/pós-eco simétrico.
Som mais nítido e preciso, podendo soar ligeiramente “afiado” nos transitórios. - Slow Roll-off (fase linear, pendente suave)
Queda antecipada nas altas frequências (a 44,1/48 kHz pode haver ligeira atenuação perto dos 20 kHz) e mais imagens ultrassónicas; amplitude de ringing moderada.
Som mais suave, ataque menos incisivo. - Short Delay Sharp Roll-off (fase mínima/híbrida)
Corte acentuado com pré-eco reduzido (pós-eco mais evidente); baixa latência.
som limpo, mas com sensação de maior presença que o Sharp convencional. - Short Delay Slow Roll-off (fase mínima, pendente suave)
Pré-eco mínimo, mais ruído ultrassónic e alguma atenuação precoce nos agudos.
Som menos tenso e mais “analógico”, com transitórios mais redondos. - Super Slow Roll-off (muito suave, estilo NOS)
Filtragem muito suave; mais ruído ultrassónico e pendente audível bem abaixo de Nyquist (metade da frequência de amostragem); praticamente sem ringing (ondulação).
Som macio, mas menos preciso e dinâmico; evitar se o sistema for sensível a sons ultrassónicos. Cuidado com os tweeters a nível muito elevado) - Low Dispersion Short Delay (fase mínima/híbrida, baixa dispersão)
Otimizado para reduzir a ondulação (ringing), preservando o timing e controlando artefactos digitais.
Som muito equilibrado e natural, sem brilho excessivo nem sensação de arrastamento. - Dica prática: a 96/192 kHz as diferenças audíveis tendem a reduzir-se. Para “melhores medições”, escolha Sharp; para mais fluidez e sensação temporal, experimente as variantes Short Delay; para a apresentação mais suave ao estilo NOS, Super Slow. Na dúvida, opte por Low Dispersion Short Delay. Não há que enganar.
Luxin X9 + Austrian Audio The Composer: resposta plana ou curva de Harman. Oiça e decida.
Amplificador de auscultadores
Totalmente balanceado com tecnologia Dynamic Negative Feedback (DNF), utilizando um conjunto de amplificadores operacionais OPA1612 e drivers dedicados TPA6120A2, capazes de reduzir a distorção harmónica e de intermodulação a níveis insignificantes.
A potência de saída é extremamente generosa: até 6000 mW @ 16 Ω (saída balanceada) e 3000 mW @ 32 Ω (balanceada), ou 1700 mW @ 32 Ω em single-ended, o que é mais do que suficiente para alimentar qualquer auscultador sem esforço. Mesmo em cargas de alta impedância (300 Ω), disponibiliza quase 1 W por canal (aprox. 920 mW) em modo balanceado. Chega e sobra para todas as encomendas.
No painel frontal, o X9 apresenta todas as ligações de auscultadores que um audiófilo pode desejar: saída single-ended 6,35 mm e duas saídas balanceadas: XLR de 4 pinos e Pentaconn 4.4 mm
O Luxsin X9 e o Eversolo Play complementam-se e completam-se.
Luxsin X9 + Eversolo Play
O X9 não é um streamer, logo, se quer ter acesso por streaming ao Qobuz/Tidal/Spotify ou à sua base de dados de música, pode casá-lo, por exemplo, com o Eversolo Play, via cabo USB ou SPDIF, mantendo todo o processamento digital no X9 e dispensando o andar de amplificação de Classe D, mas dando ao Play as saídas para auscultadores que lhe faltam.
Entradas/Saídas Analógicas
O X9 inclui uma entrada de linha analógica RCA, o que lhe permite atuar como pré-amplificador estéreo tradicional, por exemplo, para integrar um leitor de CD dedicado ou outra fonte analógica (com ganho selecionável até +10 dB).
Nas saídas de linha, oferece saídas estéreo balanceadas XLR (nivel 4,2 Vrms) e RCA (2,1 Vrms) para ligar a amplificadores de potência ou colunas ativas. E ainda duas saídas dedicadas para subwoofer (RCA) com gestão de graves (ver em “Pré-amplificador Ultra Versátil).
Há ainda uma porta Trigger In/Out de 12V (3,5 mm) para sequenciar o ligar/desligar com outros componentes do sistema.
Entradas Digitais
O X9 dispõe de 2 entradas USB (Tipo B e Tipo C) para ligação a PCs, Macs ou dispositivos móveis, operando em modo assíncrono via interface XMOS XU316 (compatível com Windows 10/11, Android e iOS), suportando os formatos PCM/DSD de alta resolução.
Oferece ainda entradas S/PDIF ótica e coaxial (ambas até 24-bit/192 kHz, com suporte DoP64 para DSD via S/PDIF), bem como HDMI ARC para áudio proveniente de televisores ou receivers (até 24-bit/192 kHz estéreo) Para funcionamento sem fios, integra Bluetooth 5.0, como já vimos.
Luxsin X9: painel traseiro
Desempenho em laboratório
O X9 porta-se ao nível dos melhores DACs high-end. A resposta em frequência é 20 Hz–20 kHz ±0,25 dB, dependendo do filtro digital (essencialmente plana em toda a faixa audível). A gama dinâmica excede 128 dB e a relação sinal-ruído (SNR) também ultrapassa 128 dB, indicando um ruído de fundo virtualmente inexistente. A distorção harmónica total + ruído (THD+N) situa-se na ordem de 0,0001% (-116 dB a -120 dB, não ponderado) tanto nas saídas de linha como na saída de auscultadores; ou seja, inaudível mesmo com auscultadores de alta sensibilidade.
O veredito final
Perante o muito que fica dito, o que vos posso ainda dizer? Que o LuxSin X9 é o melhor Headamp/DAC do mercado? Não. Porque isso depende muito de quem ouve, o que ouve e como ouve. O X9 é essencialmente neutro e tem uma resposta plana. Talvez demasiado neutra e plana, admito. Por vezes, parece faltar-lhe presença e corpo.
Ora, os auscultadores, ainda mais do que as colunas, não soam tanto melhor quanto mais plana for a resposta. Tive oportunidade de confirmar isso, durante testes de colunas na câmara anecóica do IST, em Lisboa: nem sempre a melhor resposta resultava no melhor som. Pelo contrário, a uma resposta plana correspondia por vezes um som fininho, com médios recuados, graves secos e agudos brilhantes.
O que posso dizer é que o X9 é o mais versátil e inteligente de todos os Headamp/DAC, porque deteta automaticamente a impedância dos auscultadores e ajusta o ganho às suas necessidades.
As funções DSP, além da equalização paramétrica, permitem aplicar a curva de resposta Harman ideal para cada um dos 2.500 pares de auscultadores registados no banco de dados, devolvendo-lhes os graves, a presença dos médios e a domesticação dos agudos sem perda de detalhe. E ainda falta acrescentar o efeito de crossfeed e os ajustes de tonalidade, largura de palco 3 três saídas diferentes: XLR (balanceada), 6,5 mm, 4,4 mm Pentaconn (balanceada). Experimente esta última se puder — soa melhor.
O X9 integrado num sistema áudio, com auscultadores dinâmicos-abertos Austrian Audio The Composer, amplificador a válvulas LAB12 Mighty e colunas Sonus faber Concertino G4.
Sim, eu sei que no final dos ajustes podemos ficar longe do som ‘original’. Mas o que é o som original? O que foi tocado pelos músicos nos seus instrumentos, num dado local? O que foi captado pelos microfones? O que foi editado pelo engenheiro de som, na mesa de mistura? O formato no qual está registado: analógico, digital?
E se a cada um de nós fosse dada a possibilidade de editar o som ao nosso gosto, numa mesa de mistura simples? É isso que o LuxSin X9 lhe permite fazer. Ou não. Porque pode fazer bypass a todas as funcionalidades DSP e ouvir o som tal como o engenheiro de som achou que era melhor para si — e pode não ser necessariamente o mesmo que os músicos pretendiam.
Se permitirmos que decidam sempre por nós, um dia perderemos o direito de decidir por nós mesmos.
Com o X9, cada um ouve o que quer, como quer, quando quer.
Compre o LuxSin X9 — e não se vai arrepender. O X9 é o último amplificador de auscultadores que vai comprar. Porque alimenta os modelos de ontem, como os Hifiman HE1000; os de hoje, como os Austrian Audio The Composer; e os de amanhã, independentemente da tecnologia planar ou dinâmica, impedância, sensibilidade e assinatura acústica.
O X9 não tem uma assinatura acústica própria. E a sua experiência auditiva com auscultadores passa a ter a ‘assinatura’ que você escolher — ou não. Por mim, assino por baixo com uma vénia à Luxsin, por toda a flexibilidade disponibilizada no X9.
É por isso que não apresento aqui hoje uma lista de faixas selecionadas para audição. Com o X9, cada um ouve o que quer, como quer, quando quer.
Nota final: o Luxsin X9 está disponível para audição e compra na Delaudio e na JLM por: 1.150 €