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2003

Martin Logan Clarity: Transparente Como Água



A tecnologia das colunas electrostáticas é conhecida há quase um século: já em 1923, Rice e Kellog, dois jovens engenheiros dos Laboratórios Bell, faziam experiências com transdutores deste tipo. O princípio é de um simplicidade desarmante: um finissimo diafragma de plástico tornado condutor por vaporização é colocado entre dois eléctrodos e vibra em consonância com o sinal musical. O simples facto de funcionarem não cessa de maravilhar todos quantos as ouvem pela primeira vez. Como o diafragma é transparente e não se vê vibrar, ficamos com a impressão que a música surge do nada. Sendo dipolos, as colunas electrostáticas tocam para trás e para a frente, o que só as torna ainda mais surpreendentes para um ouvinte neófito, quando descobre que pode espreitar através delas e reconhecer pessoas e objectos do outro lado, ao mesmo tempo que continua a ouvir a sua música preferida. É uma experiência única que não deve perder.


De todas as colunas exóticas: «ribbons» (fita de alumínio), plasma, corneta, electrostática, é esta última a que mais se aproxima do transdutor ideal: não há altifalantes nem caixas, logo não há colorações. Há dois anos que utilizo como referência um par de colunas electrostáticas Martin Logan Odyssey e agora sempre que oiço uma coluna convencional, salvo raras excepções, noto de imediato a chamada «coloração de caixa». Há um preço a pagar como tudo na vida, as ML não são baratas..

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Gayle Sanders, o criador da Martin Logan, conseguiu resolver, contudo, alguns dos problemas inerentes a este tipo de transdução, encontrando soluções técnicas e estéticas engenhosas, explorando os aspectos visuais e acústicos com um mínimo de compromissos. À questão da direccionalidade, contrapôs o painel curvilíneo; à da falta de graves, o casamento perfeito entre um painel electrostático e um altifalante dinâmico; à do perigo da utilização de tensões eléctricas elevadas, o isolamento total dos eléctrodos, que podem agora ser afagados até por uma criança; à fragilidade tradicional dos painéis, a indestrutibilidade quase total: aguentam potências de centenas de watts e, mesmo que o seu filho resolva entreter-se a fazer uns buraquinhos no diafragma de plástico, isso só afecta a qualidade do som se a traquinice for levada ao extremo. Pode até aspirá-los! E beijá-los. Que é o que me apetece fazer quando oiço a Diana Krall: parece que está ali!...


O novo modelo Martin Logan Clarity é o culminar de anos de pesquisa e responde ainda à questão do espaço vital e ao factor decoração nos lares modernos. Ocupa o mesmo espaço que uma coluna convencional, é leve e fácil de arrumar e limpar, liga-se à corrente através de um pequeno transformador de baixa tensão, tem um design elegante e apresenta-se em negro ou em cor de madeira natural com «vivos» laterais em alumínio high-tech. Como de alumínio é também o «woofer» de alta velocidade, que dá à delicada transparência do painel microperfurado a energia necessária para reproduzir todos os géneros musicais, incluindo, naturalmente, as bandas sonoras dos filmes em DVD quando integradas num sistema AV. E naturalmente aqui deve ser entendido em toda a acepção da palavra: NAC, natural ambience compensator, composto por um pequeno «tweeter» montado sobre a caixa dos graves, logo atrás do painel, favorece a dispersão dos agudos quando o ouvinte se senta lateralmente em relação às colunas numa reunião de família em frente ao televisor. Ficam, aliás, lindas ao lado de um moderno ecrã de plasma

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O ano audiófilo ainda agora vai a meio, mas as Martin Logan Clarity perfilam-se desde já como fortes candidatas ao prémio de Coluna do Ano.


Gayle Sanders criou-as em homenagem à esposa Debbie. Leve a sua esposa também a ouvi-las sem compromisso (não paga nada por isso) na Imacústica, Porto (22 537 7319) ou na Absolut Sound, (21 355 2710) em Lisboa. Ela vai adorar.

Distribuidor: Imacústica

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