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2012

Audioshow 2012 –parte 5 – Pesos Leves: Audiophilestore, B&w, Digibit, Supportview, Zenaudio



(My)AUDIOPHILE STORE


 


Não sei quem são. Porventura, eles também não sabem que eu sou, nem querem provavelmente saber. Passei por lá para fazer a foto e o curto video que se publica, só para provar que não me esqueci. Não consegui entrar, apenas espreitei (a sala era minúscula e estava cheia). Assim aquilo que (não) ouvi das Epos Epic 5 e dos Creek, é apenas aquilo que ficou registado (confuso, pelo menos no video). Quem estava lá dentro parecia estar a gostar, a avaliar pelos comentários. Consegui ainda vislumbrar da ombreira um DAC HRT USB music streamer.



Chamei-lhes “shop” em vez de “store”, e eles logo me chamaram (e bem) a atenção. Não têm nada que agradecer, rapazes..., mas, de qualquer forma, I am sorry about that, guys! 


B&W


 


Mestre Alberto Silva expôs em campo aberto, em associação com Belmiro Ribeiro. De facto, mais parecia uma exposição de arte moderna, com música de fundo, cortesia das B&W 686 c/ amplificação Rotel RA12.



Espaço aparentemente pouco “audiófilo”, mas muito digno, bem decorado e de... “passagem obrigatória”...


DIGIBIT  


 


Uma sala cheia de coisas interessantes e acessíveis, incluindo discos audiófilos, como as matrizes HRX (174.4kHz) da Reference Recordings. Mas deixem que seja o próprio Rogério Neiva a fazer a visita guiada:                                   



 
SUPPORT VIEW


 


Das Tannoy Kensington, que se exibiam na sala ao lado, de braço dado com um McIntosh MA7000, em estreia colaboração com a Viasónica já falámos na Secção “Pesos Médios”.


Nesta sala, pontificavam os Cambridge e a “revolução” Tannoy, em espaço aberto. Mais do que demonstrar, o objectivo era expôr. Até por isso, optei por utilizar aqui a função “Panorama” da Sony A55 para obter esta curiosa foto integral. A grande vedeta era o Cambridge Stream Magic 6 e o amplificador integrado 851A.




 


O meu amigo de longa data Cardoso (ainda do tempo da Imasom?) optou por não “prestar declarações” para a câmara. Mas para quê?: havia cópias de diplomas, prémios e outros “awards” espalhados por todo o lado, que falavam por si...


ZENAUDIO


 


Miguel Pais regressa em grande com um... sistema “micro”, composto por electrónica Goldenote Series 7. E não Goldnote, como eu escrevi, embora não perceba o que o “e” está lá a fazer no logo dos equipamentos (como se vê no video), até porque no cartaz em fundo se lê Gold Note.


As colunas da Xavian eram tão deliciosas como o nome indica: Bonbonus. Mas deixem que seja o próprio Miguel a apresentá-las, antes de as ouvirmos a tocar uma peça do guitarrista Michael Hedges.





O som era tão doce quanto o nome, e deve-se muito à seda do tweeter. Achei o “palco” vagamente distante, mas como não conheço a gravação e a guitarra de Hedges tinha boa presença e muita riqueza harmónica... 

No estilo de Hedges, a produção carrega na reverberação, mas dentro do género o registo áudio é muito agradável, criando um ambiência quase onírica. No geral, em termos de reportagem, resultou até melhor do que com as Virtuosa. As Bonbonus são um bom-bom bem-bom...


Nota:


Para os leitores que não leram a “Introdução”, ressalva-se que nas opiniões aqui expressas não se tem a veleidade de dar uma parecer definitivo sobre a performance dos produtos, sobretudo as colunas de som, que são o tema agregador de todos os textos da Reportagem, apenas tentam descrever experiências pessoais, em determinadas circunstâncias de tempo e espaço.


TERMO DE ENCERRAMENTO


Como é habitual, recebi vários emails de leitores do Hificlube sobre a reportagem do Audioshow 2012. Elogiosos uns, outros nem por isso, alguns nada simpáticos. Quase todos no estilo “twittado”, isto é até “140 caracteres”, tipo recado e sem identificação objectiva de destinatário.


Agradeço de igual modo uns e outros, tanto os que elogiam o meu conhecimento técnico e talento literário, como os que são claramente “encomendados”, puxando a “brasa” à sua ou à sardinha alheia, e os que não se coibem de “chamar nomes ao árbitro”.


Como não sei se quem os enviou 'existe', de facto, não os publico, até porque não dou cobertura aos “Anonymous”...


JVH é JVH e vai continuar a ser JVH.


Este é o estilo que me deu o nome junto da comunidade audiófila nacional e internacional, e vou continuar a dar tanta importância à forma como ao conteúdo.


“Escrever bem” é para mim mais importante que “descrever bem”.


Há de tudo um pouco. Os que acham que eu devia “gostar” das colunas que eles terão comprado ou pretendem comprar, e por isso entendem que estou a pôr em causa o seu discernimento auditivo; os que acham que só gosto de “coisas caras”; e os que, ao contrário, não entendem como eu posso gostar mais “disto”, quando “aquilo” é muito melhor, até por ser mais caro...


Mas em 30 anos de actividade nunca cedi ao facilitismo e mantive sempre o mesmo rumo. Já era assim na Imasom e na revista Audio. E também não alterei a minha atitude, quando escrevia no Público e no DN, e os editores “sugeriam” que fosse mais “popular” na minha abordagem, que seria e cito, demasiado entrópica...


Não era agora que sou editor de mim próprio no Hificlube que ia mudar.


Assim, optei por publicar simbolicamente apenas os comentários de dois leitores identificados, e cuja existência confirmei: um mais simpático; outro mais cáustico mas correcto, por serem ambos exemplos representativos dos restantes.


O do Gabriel, que não conhecia pessoalmente, porque teve a amabilidade de me abordar no Audioshow, e com quem troquei algumas impressões de carácter quase “filosófico” sobre o fenómeno áudio, cujo comentário foi também publicado no You Tube, até para ter a possibilidade de publicar aqui, bem a propósito da época, a sua “harmonização natalícia”.


O do Fernando, que já contactei posteriormente para lhe pedir autorização para publicar o seu email (respondeu, logo existe...), porque “não tem papas na língua”,  e escreveu o que lhe ia na alma (e nos ouvidos), em reacção às Partes 1, 2 e 3.


Os outros, olhem, “habituem-se”, e continuem a ler o Hificlube para o bem e para o mal, até que a morte nos separe, porque a paixão pelo áudio é para toda a vida...


And see you all next year...


CARTAS DOS LEITORES


FERNANDO BALDAIA


Em primeiro lugar adianto que marquei presença na 6.ª feira e sábado, dado que resido no Porto foi o possível. 


1.º Pesos pesados


Dos três sistemas em causa adianto que gostei do que ouvi na sala da Imacústica e da Ultimate Audio e o mesmo não posso dizer do que ouvi na sala da Ajasom. E era precisamente este o sistema que ansiava mais em ouvir, muito por culpa das Isis.


Para mim o som estava desinteressante e pouco cativante não apresentando nenhuma característica que o fizesse sobressair e desta forma fazer jus aos pergaminhos. Bom mas não excelente.


Não sou grande fã das Wilson e o meu amigo Luis Campos da Imacústica sabe-o. Para mim as melhores Wilson de sempre foram a Watt Puppy 8 e ponto final. A seguir as Sophia 2 e um pouco menos as 3.


As Rockport deixaram-me com algumas dúvidas e requerem um nova audição. Na 6.ª feira estavam musicais mas faltava transparência e resolução.


Melhorou bastante no sábado e comentei isso mesmo com o Miguel. Mas tinham qualquer coisa de hi-end de que os outros sistemas não tinham, com a excepção das Alexia, mas já lá vamos. Controle, impacto e velocidade, ou timing como dizem os ingleses. Segundo o Miguel estavam muito verdes e tive isso em conta.


As Wilson foram a surpresa da noite para mim e pela positiva. Foi a 1.ª vez que umas Wilson me encantaram! E sem dar por isso tinha o pé a bater ferozmente e compassadamente ao som da música. Novidade para mim.


Tinham velocidade e impacto como as Rockport e acrescentavam um palco de uma dimensão mais em consonância com o grave produzido. As Rockport tinham grave a mais para o tamanho do palco. Rodagem? Talvez.


Além disso e pela primeira vez, as Wilson têm uma unidade de agudos com elevado refinamento e que dá gosto ouvir, ao contrário dos tweeter da Focal que sempre me irritaram. Sem qualidade para um projecto deste nível.


Ponto menos bom, os médios por vezes disparavam e agrediam os ouvidos. Culpa do sitio onde me sentei!? Talvez, estava descaido para o lado esquerdo do palco.


2.º Pesos médios


Sem entrar em choque com ninguém e apenas tentando transmitir o que senti nos dias em que por lá andei, adianto que é aqui que mais discordo da reportagem do hificlube.


Não gosto e nem gostei do som das Focal. Para mim são apenas um som bonito mas que não é real.


Quanto às Magico, não podia estar mais em desacordo. Ouvi-as na 6.ª feira e não me disseram nada embora reconheça que o som melhorou bastante no sábado. Pelo que conheço das Magico as colunas de certeza que eram virgens.


Outro ponto em desacordo: ainda hoje me recordo do que ouvi na Imácustica (em que eu próprio participei no layout e instalação do sistema, leia-se colunas às costas!) - o melhor som que ouvi até hoje, independentemente do preço.


Trataram-se das Q5 amplificadas pelos monos da Dartzeel (mais pré), Metronome e Transparent. Um som do outro mundo e em que a colocação de uns míseros spikes transformaram tudo! O que dantes era excelente passou a indescrítivel.


As Magico S6 nem perto lá andam! Agora entre as S6 e as Q3 a história já é outra! As Q3 são um engano no som e preço! O grave é comprimido e sem slam e estragam tudo o que de bom se passa no médio e agudo. Prefiro as S6! Isto numa forma descomprometida dado que não conhecço muito bem as S6.


Mas foi a sensação com que fiquei.


3.º Os restantes sons.


Posso afirmar sem rodeios de que o que mais gostei de ouvir no show foi precisamente nesta arena. Os pesos médios!


Muito por culpa das ATC SCM 150 e das Tannoy Kensington SE, tendo feito inclusivamente negócio com o Sr. José Filipe após uma audição das Tannoy em exclusivo e em privado no sábado de manhã com os meus discos. (De tal modo me impressionaram que pedi ao José Filipe de imediato uma audição dado o gozo que me deu em ouvir este sistema.)


Se pudesse ficava o dia todo a ouvir as Tannoy que não me cansavam. Posso dizer isto dos outros sistemas!? Não! Tinham sempre alguma coisa que me fazia levantar da cadeira! (sejam eles os pesos pesados ou médios)


Adianto que as Tannoy têm o som mais credível e os melhores agudos que ouvi até hoje e já tive em casa tweeters de berilio da Focal! O supra-sumo segundo alguns!


Mas não é só de agudos que vivem as Tannoy, a separação dos sons, sem serem analíticos, a musicalidade e transparência do som são imbatíveis! Será dos woofers/tweeter em alnico!? Não sei, só sei que me impressionaram! Tinham a magia que nos desprendem do som e deixam-nos ouvir disco atrás de disco. Outros se calhar detestam-nas, paciência. Eu gosto e quem paga para as ouvir sou eu!


As ATC também me impressionaram e ainda hoje me lembro do final da faixa 4 do disco de Vladimir Ashkenazy, Tchaikovsky 1812 Overture, que quando entrei na sala estava a tocar e do qual sou possuidor de um exemplar. Escusado será dizer que ouvi a faixa do princípio ao fim. Ou seja fiquei na sala 16:03. o tempo de duração da faixa. Ainda hoje tenho o peito a doer dos dísparos dos canhões! Simplesmente alucinante! Tal a verosimilhança!


Não creio que seja possível ouvir este disco com a mesma qualidade nos outros sistemas! Afinal são sempre 15''! Mas não eram só os graves era a fidelidade no timbre e a resolução e transparência.


E neste aspecto estou à vontade para o afirmar pois já ouvi muita coisa e quase todas as Wilson (todas com excepção das XLF, mas já ouvi por diversas vezes as Alexandria, MAX 3, etc) da Magico ouvi as Q5 - as melhores Magico e das Sonus Faber as The Sonus Faber, etc, ou seja, tudo colunas do tamanho da torre Eiffel e apetrechadas com woofers do tamanho de jantes de 21''


Por hoje já chega! Vou ficar atento aos restantes comentários do hificlube sobre os outros sistemas e neste caso as ATC e Tannoy.


Cumprimentos


Fernando Baldaia 


GABRIEL (APELIDO?)



  Video do Gabriel, que eu partilhei do seu canal no You Tube


Sabe que faz 20 anos que o comecei a ler, no... DN? Ou seria Público? Já não sei. Em 1992, pois, era eu um puto de 14 anos! Pronto, é para que saiba :) Mando-lhe os meus melhores cumprimentos, e espero que goste da única música (harmonização, para ser exacto) do meu canal. Ah, se puder, meta uma cunha - please, please, please! - à malta dos expositores para porem mais Música e menos 'sons', pode ser? A coisa tá a melhorar mas ainda não está lá, lol.


Live long and prosper…


Gabriel


 


 


 


 


 


 


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