Um repórter que se preze devia ir a todas, mas arrisca-se a ficar preso numa sala durante 1 hora, por sessão, enquanto lá fora, estão os equipamentos que veio afinal ouvir e fotografar para mostrar aos seus leitores.
Instalação sonora do 'workshop' da revista Stereoplay
Este ano frequentei apenas o “workshop” da revista Stereoplay, e admito que não fui lá por causa do tema: Die Kunst der audiophilen Aufnahme, que na nossa língua significa: A arte das gravações audiófilas. Fui, sobretudo, porque era lá que estavam as Cabasse La Sphère, e eu queria ouvi-las de novo. Afinal, quase não ouvi as Cabasse, porque eles falavam à razão de 10 minutos por cada 2 minutos de música. Curiosamente, valeu a pena e acabou por ser deveras interessante.
Tratou-se de uma iniciativa conjunta da Stereoplay e da editora Quinton, com a presença simpática de dois engenheiros de som: Andreas Rathammer e Heinrich Schläfer, que em tradução livre significa “dorminhoco”, que foi o me ia acontecendo a mim: ainda há quem ache que as minhas palestras são chatas...
O objectivo do “workshop” era mostrar o engenho e arte dos produtores de discos, que pegam num “master” em bruto e, por meio de compressão e igualização, “melhoram-no” para que soe bem em CD, em especial no rádio do carro.
Primeiro ouvia-se um excerto do master original, seguia-se o mesmo excerto sujeito a compressão prévia e depois a igualização ao gosto do produtor. Os participantes tinham que votar no que gostavam mais e arriscavam-se a ganhar um par de colunas Quad 11 activas. No fundo, no fundo, o objectivo era divulgar o catálogo da Quinton e vender os discos ao pessoal.
Depois do engenheiro passar 20 minutos a dizer que a captação original tinha demasiada dinâmica e, portanto, os sons mais baixos se iriam perder na transcrição para CD, toda a gente concordou que “comprimido” é que era bom, até porque os instrumentos e vozes são “puxados” para a boca do palco e ganham presença. Com a igualização, a voz e o sax ficaram irreconhecíveis mas admito que ganharam “cor” e “definição”. O produto final soava, sobretudo, mais alto - e “mais” é, por definição, melhor que “menos” para 90% das pessoas.
No final, ainda perguntei se me arranjavam cópias directas dos “masters”, mas quando ele respondeu “Warum?”, desisti da ideia.
O reencontro com as Cabasse La Sphère
Bom, pelo menos ouvi as La Sphère com amplificação Mark Levinson. E não tinha sido por causa delas que eu lá tinha ido? Então...

Este ano frequentei apenas o “workshop” da revista Stereoplay, e admito que não fui lá por causa do tema: Die Kunst der audiophilen Aufnahme, que na nossa língua significa: A arte das gravações audiófilas. Fui, sobretudo, porque era lá que estavam as Cabasse La Sphère, e eu queria ouvi-las de novo. Afinal, quase não ouvi as Cabasse, porque eles falavam à razão de 10 minutos por cada 2 minutos de música. Curiosamente, valeu a pena e acabou por ser deveras interessante.
Tratou-se de uma iniciativa conjunta da Stereoplay e da editora Quinton, com a presença simpática de dois engenheiros de som: Andreas Rathammer e Heinrich Schläfer, que em tradução livre significa “dorminhoco”, que foi o me ia acontecendo a mim: ainda há quem ache que as minhas palestras são chatas...
O objectivo do “workshop” era mostrar o engenho e arte dos produtores de discos, que pegam num “master” em bruto e, por meio de compressão e igualização, “melhoram-no” para que soe bem em CD, em especial no rádio do carro.
Primeiro ouvia-se um excerto do master original, seguia-se o mesmo excerto sujeito a compressão prévia e depois a igualização ao gosto do produtor. Os participantes tinham que votar no que gostavam mais e arriscavam-se a ganhar um par de colunas Quad 11 activas. No fundo, no fundo, o objectivo era divulgar o catálogo da Quinton e vender os discos ao pessoal.
Depois do engenheiro passar 20 minutos a dizer que a captação original tinha demasiada dinâmica e, portanto, os sons mais baixos se iriam perder na transcrição para CD, toda a gente concordou que “comprimido” é que era bom, até porque os instrumentos e vozes são “puxados” para a boca do palco e ganham presença. Com a igualização, a voz e o sax ficaram irreconhecíveis mas admito que ganharam “cor” e “definição”. O produto final soava, sobretudo, mais alto - e “mais” é, por definição, melhor que “menos” para 90% das pessoas.
No final, ainda perguntei se me arranjavam cópias directas dos “masters”, mas quando ele respondeu “Warum?”, desisti da ideia.

Bom, pelo menos ouvi as La Sphère com amplificação Mark Levinson. E não tinha sido por causa delas que eu lá tinha ido? Então...