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2004

Sony: Amor É...




O plasma ainda vá lá, ao tempo que ela lhe tinha pedido um para não se ficar atrás da lambisgóia da vizinha. Mas uma amiga já lhe tinha explicado que isso do «surround» significa atulhar a sala com pelo menos cinco colunas de som mais um caixote mastronço que se chama «subqualquercoisa». E fios por todos os lados. Um horror! A sala parece um estúdio de televisão sem o «glamour» das vedetas de pacotilha...

Os fabricantes tem consciência do poder matriarcal nos tempos modernos. A não ser que viva sozinho, queira passar a viver, ou tenha um pequeno estúdio privado, como eu, a compra de um sistema AV exige consensos prévios no seio da família. Essa história de que elas só mandam na cozinha já era. Agora também mandam na sala. Isto, claro, se considerarmos o quarto campo neutro...



Novos produtos Sony


Para apresentar as novidades Primavera/Verão 2004 a Sony criou, na sua sede do Parque das Nações, «ambientes surround» para eles a pensar na sensibilidade decorativa delas. O AV deixou assim de ser motivo de discórdia doméstica: é só escolher o cenário. Do estilo moderno hightech com colunas cilíndricas em alumínio, ao mais clássico «caixote» de madeira com pretensões artísticas, havia lá para todos os gostos. Todos os sistemas tinham como «âncora» o televisor: dos CRT de ecrã plano aos modernos plasmas ou LCD com tecnologia Wega Engine, design elegante tipo «moldura de vidro» e processamento digital integral da imagem. A amplificação S-Master, também digital, para todos os canais, não sofre do dispêndio de energia e excessiva dissipação de calor dos amplificadores convencionais.

Também vi por lá o primeiro leitor-DVD da Sony com saída HDMI (1), o novo interface de alta resolução para vídeo (e áudio): acabou-se o esparguete de cabos a apanhar pó atrás dos móveis - um único cabo faz todo o serviço.

Para os miúdos (e não só) a Sony elevou as potencialidades do MiniDisc à enésima potência: o HI-MD permite gravar 45 horas (!) de música num único disco de 1GB. E pode servir também como suporte para aplicações informáticas, incluindo registo de dados e imagens. A malta nova já não vai achar tanta graça é a ter de pagar 0,99 euros por cada «download» de uma única faixa de um disco quando a «Connect» chegar cá. O «press-release reza assim: «A Sony anunciou recentemente o lançamento na Europa de um serviço electrónico de distribuição de música. Com início em Junho, este serviço abrange o Reino Unido, a França e a Alemanha. Denominado “Connect”, disponibiliza um extenso catálogo de mais de 300 000 faixas musicais e inclui álbuns e “singles” tanto das grandes editoras discográficas como das independentes».


Por outro lado, os pais ficam mais descansados, não vá pegar por cá a moda tão em voga nos EUA de mandar para tribunal miúdos de doze anos por andarem a «sacar» música da Internet. Enquanto o pau vai e vem, copia-se para um HI-MD Walkman, que além do ATRAC tem capacidade MP3, WMA e WAV. E também grava directamente um CD em apenas 40 segundos sem compressão.

Pode optar ainda por gravar o conteúdo de 30 CD para um único CD-R sob formato ATRAC ou MP3 (o software de compressão SonicStage é fornecido com o aparelho) e ouvi-lo depois no D-NE10, o mais pequeno CD Walkman do mundo (5,6 cm de espessura).

Para colocar em cima da secretária como prenda para o bom estudante, um dos novos modelos Micro S-Master, uma «aparelhagem» completa em miniatura com coluninhas de madeira e acabamentos em cor de prata.


Quem disse que eu só escrevo sobre coisas que ninguém pode comprar? It's a Sony...


Notas:
(1) O leitor DVD referido estava ligado (em exposição estática) a um projector Sony com entrada HDMI, mas não dispõe (ainda) de saída HDMI, segundo me informou posteriormente o Rui Vicente


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