Nesta fase não estou muito preocupado com a ordem alfabética. Prefiro levar o leitor pela mão: entro e saio das salas ao sabor dos sons, tal como acontece «in real life». Nota: Mais «Restos de Coleccção» na secção Audiofilia Crónica; ou siga o caminho das pedrinhas dos Artigos Relacionados

A CES abriga sob o seu vasto guarda-chuva (literalmente porque chovia e nevava em Las Vegas este ano pela primeira vez) as franjas progressistas (conservadoras?) da audiofilia, em locais suficientemente afastados do corpo principal da Feira para que não haja contágio.

É da fonte que brota o som. Quanto mais pura, leia-se, quanto mais fiel ao original, melhor será o resultado final

Na ânsia deconseguir reproduzir cada vez mehor o som dos instrumentos, os fabricantes permitem por vezes que a forma se imponha à função

Como se define um grande som? Colocados perante esta questão, três audiófilos dariam três respostas diferentes.

Tom Colangelo e Paul Jayson, os engenheiros responsáveis respectivamente pela electrónica e colunas da defunta Cello, de Mark Levinson, juntaram-se a Robert Kelly, da dCS, para formar a Viola Audio Laboratories. Pelo que ouvi em Las Vegas, a Cello só mudou de nome: o som continua a ser de alta qualidade. Nota importante: Fui mesmo agora informado por Jorge «Maitre» Gaspar que a Cello continua no activo sob a batuta …

A CES é uma coutada onde eu me entretenho a dar uns tiros na caça grossa com a minha máquina fotográfica. Da fauna abundante, que inclui algumas espécies em vias-de-extinção, como os tríodos de aquecimento directo, as colunas, até pelo porte, são o meu alvo preferido: dão a cara pelo som e ficam sempre bem no boneco. E há todos os anos exemplares de raças desconhecidas para fazer o gosto ao dedo...

Há quem vá à bruxa a Vilar de Perdizes para saber o futuro. Eu vou a Las Vegas. Nas CES2005 o futuro e o presente confundem-se. E a bola de cristal é de alta definição.

Arrostei com vento, chuva e neve (foi a primeira vez que vi nevar em Las Vegas!) para vos trazer as novidades da CES 2005. Mas valeu a pena. Vale sempre a pena ir a Las Vegas, mesmo quando a alma é pequena - desde que a carteira tenha o tamanho adequado, claro...

Vasculhando na papelada em que vivo atolado, descobri, qual arqueólogo que retira camada sobre camada da história do áudio recente, que algumas peças interessantes tinham sido ignoradas na pressa de informar.